BEM MAIOR.

    

 Tenho uma certa fama, injusta claro, de justiceiro, acho que o braço armado do Estado está assistindo filme demais. Toda a minha vida foi pautada no que é certo, nem sempre o certo é o dito legal, nem sempre o justo é coberto pelo sistema e, nestes termos abrindo mão, muitas vezes da minha própria segurança, vou continuar fazendo o certo, o justo, o que, aos olhos de Deus é o melhor para o ser humano e para uma sociedade que nem sempre sabe o que é melhor pra ela mesmo; é problema meu? é sim, estou contido na sociedade e, por tabela, de uma forma ou de outra o que da pra um da pro outro.

      Desde 2001 que luto, de todas as formas legais, nem sempre justas, mas é o que temos, concordo? claro que não, entretanto assumi o papel de pai e agradeço a Deus por isso, e; até cumprir meu papel de pai, preciso permanecer dentro do Legal, mesmo não sendo o certo o justo. Não estou me contradizendo por que disse que faço "o que é certo", é que nesse momento da minha vida, ser pai é mais importante que a minha própria vida. Chegará o dia em que esse papel não mais será necessário, e, como disse desde 2001 que insisto para que o Estado do RN corrija os seus crimes contra mais de 200 soldados e até hoje, o que temos é desdenhos, promessas falsas, muita prevaricação e omissão por parte do sistema.

     Jamais dirão que não tentei de todas as formas, desistir nunca foi uma opção, a vida me cobra todo santo dia, ao deitar e levantar, todo santo dia, minha consciência me pergunta até quando? Esse quando, hoje, posso responder de uma só forma: não vou morrer com essa cobrança pendente, viver é um aprendizado e nunca temi a morte. A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais. Epicuro